domingo, 10 de janeiro de 2010

Geodiversidade

A geodiversidade, é um conceito que não tem merecido tanta atenção como a biodiversidade, mas deparamo-nos com a geodiversidade diariamente, bastando olhar a paisagem. Sendo este um conceito recente é também um conceito abrangente resultante de uma multiplicidade de factores e das relações entre eles, factores esses que compreendem por exemplo os minerais, as rochas, climas, fósseis, tipo de substractos, paisagens.
O conceito actual de geodiversidade, surgiu em 1993 no Reino Unido e define geodiversidade como a variadade de ambientes geológicos, fenómenos e processos activos que dão origem a paisagens, rocha , minerais, fósseis, solos e outros depósitos superficiais que são o suporte para a vida na Terra. Assim, a geodiversidade é a base da biodiversidade e as duas são de vital importância na conservação da natureza, a geodiversidade pode ser considerada como a príncipal causa para a variadade de ambientes onde a vida surgiu e evoluí. Se ambas estão relacionadas, quanto maior a geodiversidade maior será a biodiversidade.
A civilização e a sua evolução depende e dependeu sempre, ao longo dos tempos, da geodiversidade, mas a sua utilização e a intensidade do crescimento demogáfico tem vindo a colocá-la em risco, sendo cada vez mais necessário tentar a sua conservação no sentido de promover a sustentabilidade, garantindo a sua preservação para as gerações futuras.
Portugal é rico em geodiversidade, bastando um olhar para as várias paisagens para o reconhecer, esta foi também reconhecida pela UNESCO, ao classificar alguns locais como o Alto Douro Vinhateiro de patromónio Mundial.

sábado, 7 de novembro de 2009

Ameaças à biodiversidade

Este é o problema com que nos deparamos no nosso século, pois o que sabemos sobre a biodiversidade é que o seu declínio se tornou nos últimos anos cada vez mais rápido.
 As correntes medições da biodiversidade mostram perdas superiores às perdas mais severas do passado e não mostram nenhuma tendência para o seu abrandamento.
Na Terra temos zonas de concentração de grande parte da biodiversidade da Terra: as consideradas "hotspots"- zonas tropicais e zonas  subtropicais que se encontram em risco de extinção, mas também existem outras não classificadas de "hotspots" extremamente ricas em biodiversidade - recifes de corais, zonas húmidas, lagoas e rios- em que algumas destas enfrentam maiores taxas de extinção que as florestas tropicais, uma vez que estão a ser mais activamente degradadas. Os biomas com maiores taxas de converção na última metáde do século XX foram zonas temperadas, tropicais, alagadas e florestas tropicais secas.
Dentro das espécies existentes em risco de extinção, as espécies endémicas, enfrentam um maior perigo. Estas são espécies, em cujas alterações no seu habitat poderão ser determinantes na sua extinção.

 Mas perda de biodiversidade não significa só extinção global, como a que enfrentam espécies ameaçadas ou em perigo,  não estamos  a falar apenas em perdas do número de espécies, mas em perdas por vezes de grande parte da população (90%) e provavelmente 50% da sua variabilidade genética (declínio genético), factor fundamental na adaptatibilidade da espécie.  A diversidade perde-se ainda  não só pela morte dos indivíduos, mas por estes deixarem de se reproduzir, Michael Soule and Bruce Wilcox (1980:8).

É verdade que ao longo da História de Terra ocorreram vários períodos de extinção das espécies em massa, com redução da biodiversidade até aí existente, no entanto sempre houve lugar há sua recuperação, surgindo  muitas vezes novas espécies e mais bem adaptadas ás condições existentes no meio.
Se favoráveis condições climáticas, por um  lado, originam a proliferação das espécies, melhores e novas adaptações, o inverso também ocorre. E o resultado das actividades humanas é o factor determinante da actual perda de biodiversidade, devido a alterações climáticas, e datam já de meados do século passado, sendo que agora estão a ter o seu efeito. Assim e comparando com as extinções que ocorreram no passado esta é a única atribuída ao Homem e também a única em que este participa e que sofrerá alevadas consequências junto com as outras especies.

O facto da população humana estar em constante crescimento, incrementa o Stress nos ecossistemas e torna-se difícil falar-se em recuperação nos tempos mais próximos.

É hoje fundamental tentar evitar o "efeito de fragmentação" , em que a destruição de alguns extensos habitats faz com que os pequenos e isolados restantes tenham dificuldades em manter os stocks de espécies por muito tempo, acabando por a longo praso não resistir e assim contribuir não só a curto praso como também a longo para uma redução drástica na biodiversidade da Terra. É importante refrir que perdas de espécies implicam consequêntemente a perda de outras mesmo que por razões ambientais não se encontrem ameaçadas, mas que por fazerem parte de uma rede trófica de um mesmo ecossistema serão inevitavelmente afectadas incorrendo no mesmo risco.
A perda de biodiversidade é causada por um conjunto factores naturais ou humanos que directa ou indirectamente causam uma modificação no ecossistema.
O mais importante responsável directo  pela perda de biodiversidade e mudanças no ecossistema são as mudanças no habitat.  As alterações actuais dos habitats são dominadas por causas antropogénicas indirectas como o crescimento do consumo dos serviços dos ecossistemas, o crescimento do uso dos combustíveis fósseis, que resultam do crescimento das populações e do consumo per cápita o que aumenta a pressão sobre o ecossistema e a diversidade, devido a mudanças climáticas, espécies invasoras, sobreexploração de espécies e poluição. Muitos destes factores vão ter importantes impactos no próximo século.
Há, também, cinco responsáveis indirectos nas alterações da biodiversidade e função dos ecossistemas: demográficos, económicos, sociopolítico, cultural e religioso e ciêntífico e tecnológico.
Se por um lado o desenvolvimento e a difusão do conhecimento ciêntífico e tecnológicos podem permitir ou incrementar o uso eficiente dos recursos, por outro fornece os meios para aumentar a exploração dos recursos e muito embora tenhamos sempre cada vez mais áreas protegidas, assim como essa preocupação, estas são ainda uma ínfima parte da superfície a proteger, e mesmo estas encontram-se actualmente já em risco e sujeitas a factores de poluíção inevitáveis (ex: chuvas ácidas).
Logo pode concluir-se que só poderemos proteger a biodiversidade protegendo a biosfera e a protecção da biosfera passa pelo controlo de sectores fundamentais como a agricultura, pesca, crescimento demográfico, espécies invasoras.
 No entanto, os humanos têm a oportunidade de aplicar práticas de restauração de habitats que poderão salvar algumas das espécies, que de outra forma teriam uma trajectória até à extinção. É de resalvar, que estas medidas não permitirão salvar as espécies mais sensiveis, que se extinguirão assim que ocorrer a perda de habitat. No entanto um esforço conjunto de todos, população, políticos e governantes e as várias instituições terão um papel fundamental no futuro do "futuro", se todos nós fomos capases de intervir de forma tão drástica no nosso Planeta, se conhecemos agora o que de errado tem sido feito e também o que poderemos fazer para evitar maiores consequências e tentar " travar " algumas destas, é então tempo de passar ao activo, garantindo assim um futuro mais risonho às nossas gerações futuras.

sábado, 31 de outubro de 2009

" O Valor da Biodiversidade"

Será possível estimar um valor para a biodiversidade?
A biodiversidade tem um valor inestimável, nós somos parte integrante dela e como qualquer outra espécie constituímos o Macroecossistema Terra.

Seremos a espécie mais importante?
Não! Quem disse? Porquê?,pois se sem outras espécies às quais por vezes não damos muita importância não poderiamos existir.

A biodiversidade está ameaçada?
Sim a nossa existência enquanto espécie tal como muitas outras estão ameaçadas.

Onde está a responsabilidade por essa ameaça?
De uma forma de vida "RARA": O Homem.

Assim, se desta forma estamos agora a tomar consiência da  nossa importância como parte integrante do grande ecossistema que é a Terra, e das consequências que as nossas acções têm  nesse ecossistema, é tempo de MUDAR, de tentar travar  o caminho da degradação em que nos vemos envolvidos e esse efeito de "Bola de Neve" na perda da biodiveridade.

Bastará para isso grandes estudos à volta da definição de biodiversidade? Da procura de espécies mais raras, e/ou mais importantes? Da criação de "Hotspots" ( áreas mais importantes na preservação da biodiversidade da Terra), da criação de listas vermelhas ( espécies com elevada probabilidade de extinção a médio praso)?
Não, biodiversidade por mais que sejam várias as tentativas da sua definição, por mais que variem as perspectivas sobre esse conceito segundo as mais variadas àreas de conhecimento, a biodiersidade é uma  das propriedades fundamentais da Natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas, sendo que deve ser globalmente preservada.

Como poderemos "travar" a perda de biodiversidade?
Bem poderemos começar por não destruir os habitats naturais, criar iniciativas que ajudem na consciencialização de todos e no esforço de todos nesta preservação.
Neste sentido a UE adoptou uma atitude importante para tentar inverter esta tendência ( perda de Biodiversidade) e os seus dirigentes estão empenhados a travar essa perda até 2010 ( Ano Internacional da Diversidade Biológica). Mas na verdade não bastará ficar a nível Europeu, é necessário que se alargue rápidamente a uma preocupação a nível mundial, pois a biodiversidade é para todos um bem essencial à VIDA.
Mas como a sociedade tem que tomar importantes decisões no sentido de preservar a biodiversidade, foi necessário aliar à biodiversidade um valor económico, e que segundo Pearce  2001 "o valor económico da biodiversidade é um passo fundamental na sua conservação", assim através de um valor económico é mais fácil demonstar e sensibilizar o público e os políticos da importância da biodiversidade.
Mas como poderiamos determinar o valor da biodiversidade se o público tem fracos conhecimentos em termos de biodiversidade?
 Várias pesquisas foram feitas as quais revelam que grande parte da população pouco conhece sobre o tema, ainda que alguns reconheçam a importância da preservação da vida selvagem. Devido a este facto concluiu-se que na sensibilização do público é necessário criar condições e linguagens não científicas para descrever os conceitos e contribuir para clarificar o público sobre biodiversidade e o porquê da necessidade de implementação de técnicas para a sua conservação, assim como da participação de todos passando pela contribuíção económica. Mas também o valor da biodiversidade não é fácil de quantificar, pois o público (clarificado sobre estes conceitos) mesmo disposto a contribuir economicamente para a preservação das espécies possuí diferentes percepções sobre este tema.
Concluí-se assim através de estudos que a utilização de um valor para a biodiversidade pode ser um factor crucial na implementação e no apoio de políticas de conservação da biodiversidade.
Sandra

Lince Ibérico

Lince Ibérico
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